Via aquele bairro como a casa onde ia morar para sempre, os amigos eternos e as brincadeiras na rua infindáveis. Os Verões cheios de alegria e festa e os Invernos invadidos pelo cheiro a castanhas assadas. Ainda me recordo de todos os cafés e mercearias, de todas as pessoas, de todos os nomes…Há pouco tempo passei lá de carro e perguntei a mim própria o que fizera ao meu olhar de criança? Pareceu-me um mero bairro social, com prédios degradados, grafitados, um grupo de pessoas censuráveis ali e acolá…outrora um meio tão acolhedor. Ou será que foi sempre assim? Talvez tenha realmente perdido o meu olhar inocente, ingénuo, de criança…agora tão conspurcado como o de todos os outros.
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