quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Sentido da Vida...

   Buda, enquanto percorria o seu caminho de descoberta de si próprio como forma de chegar a um estado de constante equilíbrio e felicidade, chegou às seguintes conclusões:

   - Existe sofrimento (este é de tal forma constante que a maioria das pessoas já não sabe viver sem ele);

   - É, por isso, necessário compreender a causa deste sofrimento. E, independentemente da sua causa principal (que muitas das vezes é externa/incontrolável por nós), existe sempre uma causa relacionada com a perturbação da nossa mente, da nossa espiritualidade;

   - É sobretudo este “abalo mental” que nos põe doentes e isto acontece quando a nossa mente se encontra distorcida pelo Apego, pela Aversão ou pela Neutralidade que temos em relação aos outros (sejam seres ou objectos);

   - Assim, é necessário encontrar o caminho, que só nós próprios o sabemos como sendo o melhor, como forma de colmatar a doença e atingir o Amor puro, altruísta, por nós próprios e pelos outros (já que este é a base de tudo);

   Para conseguirmos compreender isto melhor (sobretudo o 3º tópico), o Mestre Budista deu o exemplo da maioria dos casais. Na verdade já não é o Amor primário/puro/altruísta que os une (porque pressupõem-se que este sentimento seja mútuo, sentido pelas 2 pessoas) mas sim o apego por terem partilhado tanta coisa durante tantos anos…e é este apego que os torna dependentes, com medo de perder alguém para sempre e, consequentemente, mais vulneráveis ao sofrimento. Deste apego, muitas vezes, resulta a aversão (manifestado pela incompreensão, raiva e cólera) e acaba no estado mais grave, o da Neutralidade/Apatia (manifestado pelo desinteresse e/ou preocupação desadequada das coisas).

   - Qual é a Cura? A nossa motivação interna, as nossas acções, a nossa forma de estar e ver o mundo…

   O Mestre acabou a explicação dizendo que os nossos pensamentos, palavras e acções têm consequências (“o que semearmos assim o colheremos”) mas isto não é algo imediato… Muitas das vezes não estamos à espera que certas condições meteorológicas nos destruam os campos em que, com tanto suor e afecto, semeámos e trabalhámos durante quase toda a vida. No entanto, por muito que assim pensemos sobre as desilusões da vida, tal não significa o fim de tudo mas sim o começo de algo muito melhor.

   E eu acredito nos ensinamentos de Buda.