quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Unlike you…

Stop! Stop looking at me with those eyes, staring at me but trespassing me…like I`m not even there. Stop, stop talking to them when you`re near me! I can`t see what you see, don’t you understand?! I do understand your suffer, your burdens…I do understand your need to talk, but I can`t help you. I`m sorry. Fuck…you just keep reminding me about your disease, about your daughter`s evil curse too…I can`t help you! Look, you`ve been living with this shit for more than 20 years so keep it to yourself! Can´t you see what you are doing to me? Now, I`m afraid of becoming like you, to have children like yours, to be out of this world…Go, go stuck in your room, open the draws, do your stupid rituals…stay away from me, let me rest, let me sleep, let me have some sanity for some hours.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Errar é humano

    Disse-te baixinho, num tom de brincadeira, a seguinte verdade: “tal como tu, as minhas acções não correspondem aos meus princípios e valores”. E tu, com o teu ar de bom vivan, anuíste com a cabeça. A verdade é que acabamos todos (ou quase todos) por cometer erros que afirmávamos que nunca iríamos cometer, por fazer coisas que outrora dissemos que nos repugnavam ou por aceitar outras que considerávamos inaceitáveis. Percorremos um fado incerto, que não nos permite assegurar a 100% de que seremos fiéis ao caminho que traçámos ou, sequer, de que seremos fiéis a nós próprios. Por isso, tropeçamos, caímos, mas temos sempre a hipótese de levantar outra vez, tentar melhorar as nossas acções e sermos prudentes ao ponto de saltarmos sobre as mesmas pedras que se intrometem no nosso caminho. Ninguém é perfeito. Errar é humano. Aliás, muitos de nós tem de agradecer a sua existência ao erro cometido pelos seus progenitores. O problema não está em errar, não vês? Errar é aceitares os teus erros como irremediáveis e estagnares na vida por mero comodismo ou conveniência. Isso sim, é errar. E o mais engraçado é que, no final, revoltas-te quando alguém comete o mesmo erro do qual tu vives e, com toda a tua moral que não tens, reprimes essa pessoa e consideras o seu erro imperdoável. Se não aceitas que sejam como tu então também não deverias aceitar-te dessa mesma forma. O mais triste de tudo isto é que tu não és excepção...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O melhor passa a correr

     Cheguei à Cidade Universitária. São 18:30h mas a noite já começa a tentar impor-se. Coloco os fones. Programo o relógio, é o sinal de partida. Começo a correr. Apenas ouço o som da música, dos meus passos e da minha respiração (agora normal mas não tarda a ficar ofegante). Corro…dei a primeira volta, 3 km, mas sei que ainda me esperam mais duas. Sei, por isso, que ainda tenho cerca de meia-hora, 30 minutos para não pensar em nada, cair no vazio, desligar-me do mundo, das pessoas com quem tenho que estabelecer algum tipo de relação. Estou só, sou eu sem ninguém, sem compromissos, sem responsabilidades, sem obrigações. Corro, mas as minhas pernas já começam a pesar…querem deixar-me para trás, quebrar este momento, lembrar-me da realidade. Continuo a correr, não lhes darei essa satisfação. Dou por mim e o percurso já está quase no fim. Cheguei. Parei. O meu coração parece que vai saltar do peito. Quero deixar o meu corpo, continuar a correr, fugir…mas ele não me deixa, sente-se cansado e impinge-me que pare. Não faz mal, para o próximo fim-de-semana cá estarei e só espero que consiga correr mais um bocadinho...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Keep lying or you`ll end up alone

      Sometimes I feel like a stranger chasing myself. Watching every move I make, every step I take and, after each moment, feeling closer to the end. Emptiness happens to be the final disclose. I see myself pretending the feelings are there for the world, shared with the people around me, keeping the truth away because that’s how relations can survive. In fact, I see that none of us is who we appear to be in the outside but we must maintain appearances to carry on. We are all a bunch of liars. Because lying it`s the key to ordinarily, to stability, to be accepted by others. If you always tell the truth you will end up alone.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Saudade

Há certas coisas que nos reconfortam porque sabemos que ainda estão lá, que existem e que nos fazem antecipar a saudade daquilo que ficará para trás, da sua ausência. Tu és uma delas. Sempre que entro em casa e te vejo, na maioria das vezes, sentado à secretária, embrenhado nos teus livros ou no quer que seja que o ecrã do computador te impõe à frente, sossego. É como uma paz interior por te ver, por saber que ainda existes. Quando chego, olhas-me e sorris. Observo o teu rosto envelhecido, vincado pelas mágoas da vida que constantemente te ameaçam deixar sem suporte tal como uma falésia desgastada pelas vigorosas e temerosas ondas do mar. Marcado pelas drogas que te consumiram o corpo mas que, ao mesmo tempo, o ampararam. Condenado a uma sina sem sorte, que te prende ao passado e que te desfigura o futuro. Vida injusta, esta tua, que premeia todo o teu esforço com obstáculos e desilusões. Mas nada foi em vão. Ensinaste-me lições de grande valor. Incutiste-me valores que poucos são aqueles que se podem gabar de os ter. Moldaste-me, não só com as tuas qualidades mas também com as tuas fraquezas. És parte de mim. Por isso sei que, quando partires, sentirei saudade mas nunca te direi adeus.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Qual é o oposto do amor? Certamente que a tua resposta será o ódio. Estás errado. A resposta certa é a indiferença. O ódio é, por si só, também um afecto que, porventura, pode ser melhorado. Por isso é que, nos dias de hoje, poucos são aqueles que amam, poucos são aqueles que sentem com veracidade os sentimentos que dizem sentir. Mas tu não foges à regra. Como forma de protecção ficas indiferente a tudo o que te rodeia. Jogas pelo seguro. Acomodas-te àquilo que não te faz feliz mas também não te faz triste, ou seja, que te é indiferente. Como forma de achares que, somente por uns instantes, soubeste o que é sentir a pura loucura das emoções optas por falsas escolhas que te proporcionam tal efeito, que aligeiram o crime de não estares a agir de acordo com os valores e as normas incutidos pela sociedade. No pior cenário tornam-se vícios. E depois? Voltas de novo à normalidade, à corrupção do quotidiano, à putrefacção das relações que se estabelecem por mero interesse mas que, por amparo teu, gostas de pensar que retratam a pura amizade. Cresces, casas-te, reproduzes-te, lutas constantemente pela estabilidade (pois dizem que assim é que deve ser feito), ficas velho, apodreces algures onde, por amor, te deixaram e, no final, sentes-te realizado. Percorreste o caminho ao qual estavas destinado, não fugiste ao padrão comum. Por fim morres embora saibas que há muito te tornaste um inválido.  

sábado, 25 de setembro de 2010

            Estás só. Chiu!
Então cala-te e finge, porque ninguém ainda o sabe.

Sentes-te doente?
Então finge que nada te dói,
finge sem fingimento para que ninguém te descubra.

Tens sono mas não dormes
e sentes-te um cadáver acordado?
Então finge um bocejo inútil e fecha os olhos
para saberem que descansas.

Sem saberes o que realmente estás a sentir,
sabes assim que o sentimento é um pensamento vazio.
Finge mesmo já não sabendo se sabes fingir.
É importante que pensem que tu estás bem,
por isso finge…

Finge,  porque no final estás sempre sozinho.

Let me move on

        Hey, slow down. Take a seat. It`s just a talk. I`ve been trying to tell you something that you won`t like to hear even though you know it`s true. Stop. Look at me. Stop crying. Stop doing that. Don`t try to keep pushing the inevitable. Can`t you see? What do you feel when you lay in bed next to me? When you touch me? When you seat next to me at the dining table or while we`re watching television? I`m nothing to you now, just a wife, a burden that ironically settled into your life. I know you have someone else and I`m not mad at you. Don`t laugh. I`m talking seriously. Maybe love isn`t suppose to last forever. What are you saying? No, I don`t want to know who she is, she doesn`t bother me…I`ve lost you a long time ago. We can stop pretending. You don´t need me to survive, so why do you still want me? Is it insecurity? Too much trouble getting divorced? Explain me! Stop trying to change the conversation! Ok…if that is what you want…I’ll go pack my things, going to my sister`s house. Go clear your mind and then we`ll have a straight conversation.  I`ve told you already I`m not mad at you. I want to maintain our friendship (if you let me) but I just don`t want to continue to be your wife any longer.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Obrigado

      Obrigado por todo o teu amor, pela tua amizade, pela tua eterna disponibilidade (mesmo quando fisicamente estás longe), pela troca de segredos, por me fazeres rir, por me compreenderes, por não me julgares, por partilhares comigo tudo o que tens sem esperares nada em troca, por me ajudares a crescer, por tomares conta de mim, por me aturares, por seres de tal forma parte de mim que nem atrevo a imaginar-me sem ti e obrigado por nunca teres pedido ou esperado por um agradecimento meu. Obrigado por, mesmo após teres escorregado, caído e saído, por várias vezes, magoada deste caminho tão turbulento que é a vida, continuares a amar ingenuamente tudo aquilo que te rodeia e continuares a dar sempre o teu melhor. Obrigado pela tua simplicidade. Obrigado por seres assim tão única, tão tu...

                                                                                                                                 …à minha mana.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

"I know not what tomorrow will bring."

                 Fernando Pessoa

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Desculpa

Sei que achas que levo os meus “pequenos” problemas muito a peito e talvez tenhas razão. Talvez porque, por muito “pequenos” que sejam, se acumulam com o tempo e tornam-se um fardo difícil de suportar. Não sou como todos os outros, já não consigo mais fingir que aquilo que vejo, sei e sinto afinal nunca aconteceu, que toda a gente sai absolvida e ninguém se senta no banco dos réus. Já nada me passa ao lado, por muito que tente. Desculpa, sei que não gostas que esteja sempre a mencionar o mesmo assunto mas é só nisso que penso. Estou a tentar respeitar-te, não vês? As minhas palavras já não exprimem o que a minha mente processa, são alheias a esta, retratam parâmetros pré-estabelecidos sobre assuntos que te agradam ouvir, falar, discutir…assuntos que te são mais fáceis de compreender, de suportar. Eu tentei, a sério…mas desculpa se falhei.

No title yet

I have got no point of waking up tomorrow,
I feel like dying but I just keep moving, keep walking, keep trying
cause I failed, i´m done, i`ll try, I`m asking why
I have to keep moving, keep walking, keep trying?

I`m wasting my time searching for unachievable happiness,
having no more ideas, no more sketches of my future.
So I just get contented with momentary desires
that fulfill my physical needs and cover up the real ones.

So why I still try? And please, don`t ask me why
I keep moving, keep walking, keep trying.
You don`t know me, at least not my true me
so shut up and keep on doing what you are supposed to.

A puppet is what I see in you.
So don`t cry, don`t fight, don`t ask me to move forward.
Just lie down and keep on,
cause I failed, i´m done, i`ll try, I`m asking why
I have to keep moving, keep walking, keep trying?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Caminhos paralelos

Hoje vi-te, saíste de casa da mesma maneira, sempre com a mesma atitude indolente, ombros descaídos, a olhar para o chão, a vagueares no teu mundo que há muito se separou do meu. Sempre com roupa diferente da do dia anterior, condenada a percorrer o mesmo caminho, a mesma estrada, os mesmos sinais, as mesmas passadeiras, a encontrar as mesmas pessoas que, como tu, estão destinadas ao quotidiano monótono cheio de passos insípidos que custam a percorrer. Hoje vi-te, igual a todos os dias. Vi-te mas não te conheci. Passei ao teu lado e tu ao meu, sem me veres, com os teus olhos pisando as pedras da calçada. Com saudade do que ficou para trás, levo comigo o medo de nos encontrarmos novamente sem nos conhecermos, sem nos vermos, sem o calor dos abraços que outrora aquecia a luz fria da nossa casa, agora tão desprotegida.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Tentativas...nunca atinei c/ os olhos e narizes =/
Este desenho foi feito juntamente com a minha prima Bia (na altura com 8 aninhos).

Desenho "à vista"
Desenho "à vista"
Desenho "à vista"
Desenho "à vista"

Quando tinha tempo e paciência para desenhar...





Desenho "à vista"