terça-feira, 28 de setembro de 2010

Qual é o oposto do amor? Certamente que a tua resposta será o ódio. Estás errado. A resposta certa é a indiferença. O ódio é, por si só, também um afecto que, porventura, pode ser melhorado. Por isso é que, nos dias de hoje, poucos são aqueles que amam, poucos são aqueles que sentem com veracidade os sentimentos que dizem sentir. Mas tu não foges à regra. Como forma de protecção ficas indiferente a tudo o que te rodeia. Jogas pelo seguro. Acomodas-te àquilo que não te faz feliz mas também não te faz triste, ou seja, que te é indiferente. Como forma de achares que, somente por uns instantes, soubeste o que é sentir a pura loucura das emoções optas por falsas escolhas que te proporcionam tal efeito, que aligeiram o crime de não estares a agir de acordo com os valores e as normas incutidos pela sociedade. No pior cenário tornam-se vícios. E depois? Voltas de novo à normalidade, à corrupção do quotidiano, à putrefacção das relações que se estabelecem por mero interesse mas que, por amparo teu, gostas de pensar que retratam a pura amizade. Cresces, casas-te, reproduzes-te, lutas constantemente pela estabilidade (pois dizem que assim é que deve ser feito), ficas velho, apodreces algures onde, por amor, te deixaram e, no final, sentes-te realizado. Percorreste o caminho ao qual estavas destinado, não fugiste ao padrão comum. Por fim morres embora saibas que há muito te tornaste um inválido.  

sábado, 25 de setembro de 2010

            Estás só. Chiu!
Então cala-te e finge, porque ninguém ainda o sabe.

Sentes-te doente?
Então finge que nada te dói,
finge sem fingimento para que ninguém te descubra.

Tens sono mas não dormes
e sentes-te um cadáver acordado?
Então finge um bocejo inútil e fecha os olhos
para saberem que descansas.

Sem saberes o que realmente estás a sentir,
sabes assim que o sentimento é um pensamento vazio.
Finge mesmo já não sabendo se sabes fingir.
É importante que pensem que tu estás bem,
por isso finge…

Finge,  porque no final estás sempre sozinho.

Let me move on

        Hey, slow down. Take a seat. It`s just a talk. I`ve been trying to tell you something that you won`t like to hear even though you know it`s true. Stop. Look at me. Stop crying. Stop doing that. Don`t try to keep pushing the inevitable. Can`t you see? What do you feel when you lay in bed next to me? When you touch me? When you seat next to me at the dining table or while we`re watching television? I`m nothing to you now, just a wife, a burden that ironically settled into your life. I know you have someone else and I`m not mad at you. Don`t laugh. I`m talking seriously. Maybe love isn`t suppose to last forever. What are you saying? No, I don`t want to know who she is, she doesn`t bother me…I`ve lost you a long time ago. We can stop pretending. You don´t need me to survive, so why do you still want me? Is it insecurity? Too much trouble getting divorced? Explain me! Stop trying to change the conversation! Ok…if that is what you want…I’ll go pack my things, going to my sister`s house. Go clear your mind and then we`ll have a straight conversation.  I`ve told you already I`m not mad at you. I want to maintain our friendship (if you let me) but I just don`t want to continue to be your wife any longer.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Obrigado

      Obrigado por todo o teu amor, pela tua amizade, pela tua eterna disponibilidade (mesmo quando fisicamente estás longe), pela troca de segredos, por me fazeres rir, por me compreenderes, por não me julgares, por partilhares comigo tudo o que tens sem esperares nada em troca, por me ajudares a crescer, por tomares conta de mim, por me aturares, por seres de tal forma parte de mim que nem atrevo a imaginar-me sem ti e obrigado por nunca teres pedido ou esperado por um agradecimento meu. Obrigado por, mesmo após teres escorregado, caído e saído, por várias vezes, magoada deste caminho tão turbulento que é a vida, continuares a amar ingenuamente tudo aquilo que te rodeia e continuares a dar sempre o teu melhor. Obrigado pela tua simplicidade. Obrigado por seres assim tão única, tão tu...

                                                                                                                                 …à minha mana.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

"I know not what tomorrow will bring."

                 Fernando Pessoa

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Desculpa

Sei que achas que levo os meus “pequenos” problemas muito a peito e talvez tenhas razão. Talvez porque, por muito “pequenos” que sejam, se acumulam com o tempo e tornam-se um fardo difícil de suportar. Não sou como todos os outros, já não consigo mais fingir que aquilo que vejo, sei e sinto afinal nunca aconteceu, que toda a gente sai absolvida e ninguém se senta no banco dos réus. Já nada me passa ao lado, por muito que tente. Desculpa, sei que não gostas que esteja sempre a mencionar o mesmo assunto mas é só nisso que penso. Estou a tentar respeitar-te, não vês? As minhas palavras já não exprimem o que a minha mente processa, são alheias a esta, retratam parâmetros pré-estabelecidos sobre assuntos que te agradam ouvir, falar, discutir…assuntos que te são mais fáceis de compreender, de suportar. Eu tentei, a sério…mas desculpa se falhei.

No title yet

I have got no point of waking up tomorrow,
I feel like dying but I just keep moving, keep walking, keep trying
cause I failed, i´m done, i`ll try, I`m asking why
I have to keep moving, keep walking, keep trying?

I`m wasting my time searching for unachievable happiness,
having no more ideas, no more sketches of my future.
So I just get contented with momentary desires
that fulfill my physical needs and cover up the real ones.

So why I still try? And please, don`t ask me why
I keep moving, keep walking, keep trying.
You don`t know me, at least not my true me
so shut up and keep on doing what you are supposed to.

A puppet is what I see in you.
So don`t cry, don`t fight, don`t ask me to move forward.
Just lie down and keep on,
cause I failed, i´m done, i`ll try, I`m asking why
I have to keep moving, keep walking, keep trying?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Caminhos paralelos

Hoje vi-te, saíste de casa da mesma maneira, sempre com a mesma atitude indolente, ombros descaídos, a olhar para o chão, a vagueares no teu mundo que há muito se separou do meu. Sempre com roupa diferente da do dia anterior, condenada a percorrer o mesmo caminho, a mesma estrada, os mesmos sinais, as mesmas passadeiras, a encontrar as mesmas pessoas que, como tu, estão destinadas ao quotidiano monótono cheio de passos insípidos que custam a percorrer. Hoje vi-te, igual a todos os dias. Vi-te mas não te conheci. Passei ao teu lado e tu ao meu, sem me veres, com os teus olhos pisando as pedras da calçada. Com saudade do que ficou para trás, levo comigo o medo de nos encontrarmos novamente sem nos conhecermos, sem nos vermos, sem o calor dos abraços que outrora aquecia a luz fria da nossa casa, agora tão desprotegida.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Tentativas...nunca atinei c/ os olhos e narizes =/
Este desenho foi feito juntamente com a minha prima Bia (na altura com 8 aninhos).

Desenho "à vista"
Desenho "à vista"
Desenho "à vista"
Desenho "à vista"

Quando tinha tempo e paciência para desenhar...





Desenho "à vista"